Garden State
Estava aqui no belo claustro do nosso convento a contemplar a maravilha do nosso jardim. Boganvilias de um lado, papoilas do outro. Até umas vinhas temos ali ao canto (antes tinha-mos as tais vinhas junto à piscina mas parece que nao se deram muito bem). No centro, no centro temos o ex libris da casa. As figueiras brancas. Tantas e tao resplandescentes. Ocupam quase toda a parte central do jardim e ficam tao bonitas à noite, iluminadas pela luz da nossa cruz luminosa. Mas ha uma zona (restrita ao “pessoal nao autorizado”) onde estao plantadas duas pequenas arvores muito peculiares. Tenho a certeza que aqui toda a gente esperaria ate encontrar mais, mas so ha duas. Eis as Figueiras Pretas. Estranhamente, em trinta figueiras pretas que tentaram plantar, so duas é que permaneceram. Este tipo de arvores, alegadamente, precisa de bastante espaço portanto a terra deve ter rejeitado as suas raizes por falta de espaço. Como estas plantas crescem muito mais sera que tiveram medo que elas ocupassem as brancas ? Ou talvez as pretas absorvam os nutrientes do solo ? Sera que se proliferassem, as nossas figueiras brancas raça pura descendentes de tantas e tao importantes figueiras brancas desse mundo se “recusariam” a crescer aqui ? De facto nao sei, nao é a minha especialidade. O Chefe é que decidiu isso, ele lá deve saber alguma coisa de botanica. Ou entao, nao percebe e tem apenas dotes de futurólogo. Ele sabe sempre tudo, ja nao me admirava.
Frade Richiardi Attenbórú
Frade Richiardi Attenbórú
1 Avé Marias rezadas:
Aqui só entre nós...aqui no nosso convento está tudo com medo de rezar o terço...
É assim que se destingue um noviço dum verdadeiro frade.
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